segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Pelo jeito as estratégias do governo estão dando muito certo, mas somente para o governo; inflação em alta, o dólar so em alta e praticamente diariamente. Mais mesmo com tudo em alta, a bolsa continua em baixa até agora.

Dólar atinge R$ 1,79; bolsas operam em queda

O dólar comercial opera em alta de 3,76%, a R$ 1,79, às 11h18 (horário de Brasília) desta segunda-feira, 19. Na sexta-feira, a moeda americana havia fechado em R$ 1,73.
No mesmo horário, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recua 1,34%, aos 56,411 pontos. A falta de uma medida prática nas conclusões do encontro de ministros de Finanças da Europa, ocorrido durante o fim de semana, alimenta uma nova rodada de desconfiança entre os investidores.
O movimento também castiga o euro e as demais moedas fracas. No caso do real, o movimento é exacerbado e alguns operadores ponderam que a moeda é mais intensamente atingida pela piora de cenário porque, anteriormente, foi também mais beneficiada.
'Vamos continuar vendo uma volatilidade muito forte, com a falta de decisões de longo prazo para a crise da Europa', avalia um experiente operador. 'O caminho do dólar é a alta enquanto a situação não se acalmar', completa outro. Enquanto monitora as negociações no velho continente, o mercado começa a construir suas apostas para o resultado da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que acontece amanhã e quarta-feira.
O pessimismo também é sentido em outros importantes mercados. Em Nova York, Dow Jones cai 1,89%, Nasdaq recua 1,72% e S&P 500 perde 1,91%. Já as bolsas europeias também apresentam perdas expressivas. Londres tem perda de 2,11%, Paris cai 2,87% e Frankfurt recua 3,14%.
No Brasil, vale registrar que a alta acumulada do dólar, de 8,53% no mês até a última sexta-feira, provocou uma rodada de ajustes nas projeções feitas pelo mercado para a taxa de câmbio. Segundo a pesquisa Focus, divulgada na manhã de hoje, a mediana das estimativas para o fim do ano passaram de R$ 1,60 para R$ 1,65, depois de ficarem estacionadas por 13 semanas consecutivas.
(Com Cristina Canas, da Agência Estado)

Obama quer aumento de impostos e cortes de gastos para reduzir déficit

Programa a ser anunciado nesta segunda prevê uma redução de US$ 3 trilhões no orçamento do país na próxima década, segundo fontes do governo.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciará nesta segunda-feira (19) planos para reduzir o déficit do país em US$ 3 trilhões (R$ 5 trilhões) na próxima década, segundo fontes do governo citadas pela mídia americana.
A proposta inclui mudanças no sistema de impostos que levantariam US$ 1,5 trilhão (R$ 2,5 trilhões), entre elas novas taxas para os ricos, um novo imposto especial para milionários e a eliminação de uma série de deduções e falhas do esquema atual.
Parte do dinheiro viria também do fim de uma redução dos impostos para os ricos, que expira no ano que vem, implementada durante a administração do ex-presidente George W. Bush.

Seguridade social e saúde

Segundo fontes do governo citadas pelo jornal 'The Washington Post', Obama não vai fazer mudanças na seguridade social e vai propor alterações menos agressivas nos programas de saúde Medicare, para idosos, e Medicaid, para pessoas de baixa renda.
Ao todo, os cortes na área de saúde somariam US$ 320 bilhões (R$ 550 bilhões), mas não incluiriam mudanças mais radicais como a alteração da idade de eligibilidade para o Medicare de 65 para 67 anos.
Outros cortes internos fariam a redução nos gastos chegar a um total de US$ 580 bilhões (R$ 990 bilhões). Mais US$ 1 trilhão (R$ 1,7 trilhão) seria economizado com o arrefecimento das guerras do Iraque e Afeganistão.
De acordo com as informações publicadas pela mídia americana, o presidente Obama pretende vetar qualquer corte na saúde ou em benefícios à população, se a oposição republicana impedir - como prometeu - o aumento dos impostos para as grandes corporações e parcelas mais ricas da população.

'Lei Buffett'

No fim de semana, vieram à tona planos sobre a criação de um novo imposto sobre as pessoas que ganham mais de US$ 1 milhão por ano no país.
O novo imposto deverá ser chamado de 'lei Buffett', em referência ao investidor bilionário Warren Buffett, que no passado reclamou repetidas vezes que ele pagava impostos em uma proporção menor do que os trabalhadores assalariados.
Nos EUA, os ganhos com investimentos têm uma alíquota de imposto muito menor do que os salários.

Eleições

A economia americana vem crescendo vagarosamente, enquanto a taxa de desemprego no país permanece acima dos 9%.
Com as eleições do ano que vem se aproximando, Obama tem enfrentado uma batalha no Congresso sobre como reduzir o crescente deficit enquanto a economia continua estagnada.
Um supercomitê foi formado no Congresso com seis republicanos e seis democratas com a missão de identificar cortes de US$ 1,5 trilhão (R$ 2,5 trilhões) até o fim de novembro, quando cortes automáticos serão implementados.
A agência de classificação de risco Standard and Poor's baixou a nota dos Estados Unidos em agosto, depois que o país chegou à beira da moratória devido a um longo impasse no Congresso sobre a elevação do teto da dívida pública.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Com agenda cheia, miss Universo diz que só deve ir a Angola em dezembro

Leila Lopes foi eleita a mulher mais bonita do planeta na segunda-feira (12).
Se conseguir visto americano, ela deve deixar o Brasil nesta quinta (15).

Do G1 SP
Miss deve deixar o Brasil nesta quinta se conseguir visto (Foto: Clara Velasco/G1)Miss deve deixar o Brasil nesta quinta se conseguir
visto (Foto: Clara Velasco/G1)
A angolana Leila Lopes, de 25 anos, eleita miss Universo 2011, afirmou nesta quarta-feira (14) que só deve voltar ao seu país em dezembro deste ano por causa dos seus compromissos como miss. "Tenho uma agenda a cumprir, a organização [do Miss Universo] já agendou tudo. Então para o meu país vou em dezembro", disse, em entrevista ao G1 no início da tarde, no Consulado dos EUA, na Zona Sul de São Paulo. "Já tenho viagem agendada para Cingapura, depois Indonésia. Fico viajando o mundo todo."
Leila disse como se sente com o título de Miss Universo 2011, disputado com outras 88 mulheres de todo o mundo nesta segunda-feira (12). “Me sinto uma menina muito abençoada. A organização é maravilhosa, já estou a me sentir bem protegida, então posso dizer que estou muito feliz”, afirmou.
Apesar de não ter feito dieta durante as preparações para o concurso, Leila disse que tem se rendido mais aos doces após a competição. "Já estou comendo melhor, como coisas doces, sorvetes, mesmo tendo comido bastante durante o concurso."
Partida do Brasil
A miss disse que apenas aguarda a saída do seu visto americano para deixar o Brasil e partir para Nova York, nos Estados Unidos, nesta quinta-feira (15). “Estou esperando meu visto. Se até amanhã sair, eu vou, pois tenho uma agenda a cumprir. Já está todo mundo à espera. Então estamos aqui a torcer, com os dedos cruzados para que saia o mais rápido possível e para que eu possa ir amanhã”, disse.
Segundo ela, seu visto inicial será de visita, pois não foi possível entregar todos os documentos para conseguir o visto de trabalho a tempo. Os outros procedimentos para que ela consiga ficar nos Estados Unidos durante um ano devem ser concluídos no próprio país.
Apesar de já estar deixando o Brasil, Leila Lopes disse que pretende voltar outras vezes. “Eu adoro o Brasil, o Brasil é uma maravilha. [Gosto] do povo, da comida, do clima, muito parecido com o da Angola, das músicas, da cultura brasileira no geral”, contou. "Antes de ganhar o concurso, estava programado de ir para o carnaval com a miss Brasil e a miss Bolívia, mas felizmente ganhei e infelizmente não vou poder participar."

Racismo
A miss ainda falou sobre as declarações racistas feitas após o anúncio da sua vitória. Mensagens em português e em inglês postadas num site internacional que se define nacionalista branco e possui adeptos do ditador nazista Adolf Hitler compararam a ganhadora do título de mais bela do mundo a uma "macaca". Segundo a miss, algumas pessoas ligaram para perguntar se ela tinha visto as declarações. "Vi os comentários. Racismo não me afeta de maneira nenhuma. Não me afeta nem um pouquinho."

Crocodilos saltam mais de 1 metro para abocanhar refeição

14/09/2011 17h00 - Atualizado em 14/09/2011 17h00

Cena foi registrada em fazenda na Tailândia.
Alimentação dos crocodilos virou atração turística.

Do G1, em São Paulo
A alimentação de crocodilos em uma fazenda em Pattaya, na Tailândia, virou atração turística. Nesta quarta-feira (14), os tratadores colocaram pedaços de carne de galinha amarrados em uma corda para fazer os répteis saltarem para fora da água. Os crocodilos chegam a saltar mais de um metro para abocanhar a refeição.
Crocodilos chegam a saltar mais de um metro para abocanhar a refeição. (Foto: Sukree Sukplang/Reuters)Crocodilos chegam a saltar mais de um metro para abocanhar a refeição. (Foto: Sukree Sukplang/Reuters)
Tratadores colocam pedaços de carne de galinha amarrada em uma corda para fazer os répteis saltarem para fora da água. (Foto: Sukree Sukplang/Reuters)Tratadores colocam pedaços de carne de galinha amarrada em uma corda para fazer os répteis saltarem para fora da água. (Foto: Sukree Sukplang/Reuters)

Em 5 anos, aeroportos regionais deixaram de receber R$ 517 milhões

Dados são da Secretaria de Aviação Civil.
Dinheiro poderia ser aplicado em pequenos e médios aeroportos.

Fábio Amato Do G1, em Brasília
O governo federal deixou de investir R$ 517 milhões em aeroportos de médio e pequeno porte entre 2006 e 2010, segundo dados da Secretaria de Aviação Civil (SAC) obtidos pelo G1.
Nesse período, foram destinados R$ 678 milhões ao Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa), fundo que é abastecido com parte da verba arrecadada pela Infraero com tarifas aeroportuárias. Desse total, porém, apenas R$ 161 milhões foram aplicados em projetos de modernização e melhoria de aeroportos, o que equivale a 23,7% do valor disponível nesses cinco anos.
O Profaa foi criado em 1992 com o propósito de ajudar a financiar obras em aeroportos de menor movimento e lucratividade, administrados principalmente por estados e municípios. A principal alegação do governo federal para o baixo aproveitamento das verbas do Profaa é a falta de preparo técnico de estados e municípios na elaboração de projetos. Mudanças de gestão, porém, podem ter colaborado para isso.
Governo alega que há falta de preparo técnico de estados e municípios na elaboração de projetos
Desde 2008, a “caneta” do programa mudou de mãos quatro vezes: passou da Aeronáutica para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), voltou para a Aeronáutica e agora será responsabilidade da Secretaria de Aviação Civil, criada neste ano pela presidente Dilma Rousseff.
Segundo o ministro da SAC, Wagner Bittencourt, a verba do Profaa vai compor o novo Fundo Nacional de Aviação Civil, também criado com o objetivo de financiar melhorias em aeroportos. O governo, porém, estuda outras fontes para irrigar o fundo e aumentar a verba disponível para os investimentos. Uma das possibilidades é taxar a operação de aeroportos sob concessão da iniciativa privada.
Ajuda aos estados
Bittencourt disse que a SAC tem trabalhado em parceria com os estados para garantir a aplicação da verba disponível no Profaa. O resultado disso, afirmou ele, é que em 2011 já foram liberados R$ 101 milhões para projetos em vários aeroportos.
“Nós temos que fazer um trabalho de parceria com os estados, que aplicam o dinheiro do Profaa. E os estados também têm que se estruturar e se capacitar para apresentar bons projetos”, disse. “A gente vai observar ao longo dos próximos anos uma utilização maior desses recursos”.
A SAC informou que ainda não recebeu da Aeronáutica o saldo da verba não utilizada do Profaa nos últimos anos. O G1 enviou na segunda-feira (5) pedido à assessoria da Aeronáutica para que informasse qual o valor desse saldo. Na sexta-feira (9), o órgão informou apenas que ainda vai liberar R$ 41.706.334,37 a 11 convênios em andamento desde 2008 e que esses pagamentos devem seguir até 2013.
Reformulação
O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar), Apostole Lazaro Chryssafidis, avalia que o Profaa precisa ser reformulado. De acordo com ele, a entidade apresentou sugestões ao ministro Wagner Bittencourt, entre elas a aceleração na aprovação dos projetos, a qualificação dos gestores estaduais para apresentação adequada desses projetos, e que o Profaa passe a aceitar emendas parlamentares, que aumentariam o valor disponível para investimentos.
Estudo feito pela Abetar em 175 pequenos e médios aeroportos nacionais, que ficam em regiões de interesse turístico, apontou a necessidade de investimento de R$ 600 milhões por ano até 2015 para adequar esses aeroportos às exigências de segurança da Anac e para atender ao aumento da demanda por voos.
A Abetar representa 13 empresas aéreas, entre elas a Trip, Avianca e Passaredo, que operam em cerca de 140 desses aeroportos menores. Segundo a entidade, de 2005 para 2010 o número de passageiros transportados pelas empresas de aviação regional passou de 1,7 milhão para 6,5 milhões.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

É sempre assim, o governo pressiona, e a oposição acaba cedendo, mas desta vez com alfinatadas. MAS QUEM CEDEU MESMO FOI O BANCO CENTRAL.....

Por Vera Rosa e Christiane Samarco/BRASÍLIA, estadao.com.br, Atualizado: 1/9/2011 0:46

Oposição apoia decisão, mas diz que BC perdeu independência

Oposição apoia decisão, mas diz que BC perdeu independência
"Satisfação. Dilma ficou feliz também com a decisão de aumentar a meta fiscal"

A presidente Dilma Rousseff comemorou o corte na taxa básica de juros e negou que tenha feito pressão sobre o Banco Central. A oposição apoiou a redução da Selic, mas, pela forma como a decisão foi tomada, sob pressão do Planalto e do Ministério da Fazenda, avalia que o BC perdeu independência.
O senador Agripino Maia (RN), presidente do DEM e líder do partido no Senado, apoiou a redução da Selic e disse que a decisão foi tomada pelo BC depois de Dilma ter anunciado, 'de forma responsável', que pouparia mais receita para abater na dívida. Para Agripino, o governo foi responsável ao mostrar que 'não gastaria de forma perdulária os R$ 10 bilhões arrecadados com aumento da receita e ao dizer que esse dinheiro era para fazer superávit e pagar os juros da dívida'.
Independência em risco. 'Não somos contra a redução dos juros, mas o esforço fiscal do governo tem de ser um esforço real', disse ao Estado, o deputado ACM Neto (DEM-BA). 'Para que o corte de juros não vire uma armadilha, e a redução da Selic não implique em mais risco de aumento da inflação, é preciso que o governo corte de verdade nos gastos', completou o líder do DEM na Câmara.
O presidente do PSDB, o deputado Sérgio Guerra (PE), fez coro com ACM Neto na avaliação de que a pressão do Planalto sobre o BC foi explícita ao longo da semana e, por isso, a decisão de cortar os juros acabou por ferir a independência da autoridade monetária. 'Só há uma explicação para o que aconteceu, depois de o (Guido) Mantega anunciar que não gastaria R$ 10 bilhões de receita nova: a Dilma meteu medo ao BC, e o BC teve medo da Dilma. E, com medo da Dilma, o BC cedeu', resumiu Guerra. 'No fundo, a presidente Dilma não se preocupa muito com a inflação. Ela se preocupa mesmo é com as pesquisas de avaliação do governo', acrescentou.
'Ao longo do governo Lula, o BC vinha mantendo uma posição independente. Hoje (ontem à noite), o BC se mostrou disposto a ceder às pressões políticas da presidente da República, o que enfraquece a autonomia da instituição', disse ACM Netto.
Dilma comemora. A presidente Dilma comemorou a redução dos juros. Em conversas reservadas, disse que tinha certeza do acerto na decisão de aumentar a meta fiscal do governo, anunciando uma economia extra de mais R$ 10 bilhões este ano. Na avaliação do Planalto, após cinco aumentos seguidos dos juros, o BC deu sinais de que iniciará um novo ciclo de queda. O governo, porém, nega que tenha exercido pressão sob o BC.

Rima
SÉRGIO GUERRA
PRESIDENTE DO PSDB
'... a Dilma meteu medo ao BC, e o BC teve medo da Dilma. E, com medo da Dilma, o BC cedeu.'