O dólar comercial opera em alta de 3,76%, a R$ 1,79, às 11h18 (horário de Brasília) desta segunda-feira, 19. Na sexta-feira, a moeda americana havia fechado em R$ 1,73.
No mesmo horário, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recua 1,34%, aos 56,411 pontos. A falta de uma medida prática nas conclusões do encontro de ministros de Finanças da Europa, ocorrido durante o fim de semana, alimenta uma nova rodada de desconfiança entre os investidores.
O movimento também castiga o euro e as demais moedas fracas. No caso do real, o movimento é exacerbado e alguns operadores ponderam que a moeda é mais intensamente atingida pela piora de cenário porque, anteriormente, foi também mais beneficiada.
'Vamos continuar vendo uma volatilidade muito forte, com a falta de decisões de longo prazo para a crise da Europa', avalia um experiente operador. 'O caminho do dólar é a alta enquanto a situação não se acalmar', completa outro. Enquanto monitora as negociações no velho continente, o mercado começa a construir suas apostas para o resultado da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que acontece amanhã e quarta-feira.
O pessimismo também é sentido em outros importantes mercados. Em Nova York, Dow Jones cai 1,89%, Nasdaq recua 1,72% e S&P 500 perde 1,91%. Já as bolsas europeias também apresentam perdas expressivas. Londres tem perda de 2,11%, Paris cai 2,87% e Frankfurt recua 3,14%.
No Brasil, vale registrar que a alta acumulada do dólar, de 8,53% no mês até a última sexta-feira, provocou uma rodada de ajustes nas projeções feitas pelo mercado para a taxa de câmbio. Segundo a pesquisa Focus, divulgada na manhã de hoje, a mediana das estimativas para o fim do ano passaram de R$ 1,60 para R$ 1,65, depois de ficarem estacionadas por 13 semanas consecutivas.
(Com Cristina Canas, da Agência Estado)