quarta-feira, 27 de março de 2013

BRICS ANUNCIAM CRIAÇÃO DE BANCO DE DESENVOLVIMENTO PRÓPRIO


BANCO DEVE SER CONSTITUÍDO EM 2014

Líderes do Brics se reúnem em Durban, na África do Sul (Foto: EFE)

Como uma tentativa de se proteger da crise financeira internacional e para desenvolver os países, o grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) aprovou a criação de um banco de desenvolvimento próprio.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27/03) pelo presidente sul-africano, Jacob Zuma, na sessão plenária da quinta cúpula anual das cinco economias emergentes, que termina hoje em Durban, na África do Sul.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia sinalizado na terça-feira que um banco central dos países seria constituído em 2014. "Fizemos proposta para que o banco dos Brics seja constituído em 2014", afirmou o ministro.
O governo brasileiro vem batendo na tecla da necessidade de investimento em infraestrutura como uma forma de estimular o crescimento. A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta, em discurso para os chefes de Estado no encontro dos Brics, que o Brasil vive um momento de renovar e expandir a infraestrutura.
Dilma afirmou que o plano de investimentos brasileiro soma US$ 250 bilhões e que o objetivo é atrair a participação estrangeira. "Pretendemos atrair parceiros para esse investimento", completou, dizendo que esses recursos serão compostos por aportes públicos, privados nacionais e internacionais
Dilma saudou ainda a criação do conselho de empresas dos países dos Brics, com a participação de empresas brasileiras (Banco do Brasil, Weg, Vale, Gerdau e Marcopolo). "O conselho é um mecanismo inovador e vai contribuir para a comunidade de negócios entre países", disse.
AcordoOs ministros de finanças dos Brics também aprovaram na terça um acordo de contingenciamento de reserva comum (CRA, na sigla em inglês) no valor de US$ 100 bilhões. O acordo prevê a criação de um fundo de reservas destinado a socorrer os países do grupo em caso de liquidez. 
"O acordo de reservas nada mais é do que um grande acordo de swap entre os países", afirmou Mantega.
O Brasil também assinou nesta terça-feira um acordo para troca de moedas (swap) com a China no valor de US$ 30 bilhões. Segundo o ministro, o acordo implica um relacionamento mais estreito com o país asiático. "O acordo inclui a área comercial, financeira e até aduaneira", disse.

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