SÃO PAULO - Os principais índices acionários dos Estados Unidos fecharam em queda nesta terça-feira (12). A sessão repercutiu o aumento do nível de alerta na usina japonesa de Fukushima, a queda dos preços do petróleo e o início aquém do esperado da temporada de balanços.
Apesar de ser o balanço de apenas uma empresa, a Alcoa marcou o início a temporada de resultados trimestrais, servindo de referência do mercado para calibrar suas expectativas, principalmente em setores como mineração e siderurgia. A receita de US$ 5,6 bilhões desapontou investidores que esperavam algo próximo de US$ 6,06 bilhões e fez as ações recuarem 6%.
Na próxima quarta-feira, o JPMorgan Chase traz seus números ao mercado. Na quinta-feira é a vez do Google e o Bank of America MerrilL Lynch fecha a semana. Frente à expectativa, as ações recuaram 0,47%, 1,17% e 0,15% na sessão.
O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, fechou em baixa de 0,96% a 2.745 pontos, acumulando no ano forte alta de 3,46%. O Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, encerrou o pregão em desvalorização de 0,95% atingindo 12.264 pontos e subindo 5,93% no ano, enquanto o S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, apresentou queda de 0,78% chegando a 1.314 pontos e acumulando no ano forte alta de 4,49%.
Petrolíferas em queda
No Japão, a elevação do nível de alerta na usina de Fukushima para um patamar semelhante ao do acidente nuclear de Chernobyl, grau máximo na escala do INES (International Nuclear and Radiological Event Scale), repercutiu com força no dia.
Junto à expectativa de negociações para um cessar fogo na Líbia, a cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 120,92, baixa de 2,47% em relação ao último fechamento. O contrato com vencimento em maio, que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, fechou cotado a US$ 106,25 por barril, configurando uma baixa de 3,34% frente ao fechamento anterior.
A queda de petrolíferas também foi influenciada pela recomendação do Goldman Sachs a seus investidores para que desfaçam suas posições em contratos futuros de petróleo com entrega prevista para dezembro, já que a cotação do barril deverá cair.
A Chevron indicou que seus ganhos de exploração e produção podem ser maiores nos primeiro trimestre do que em relação ao período anterior. Ainda assim, as ações recuaram 3,3%. Por sua vez, os papéis da Exxon Mobil e British Petroleum fecharam em queda de cerca de 2,3% e 2,9% em Nova York, nesta ordem.
Agenda
O déficit na balança comercial recuou no mês de fevereiro em relação a janeiro, mas ficou acima do teto estimado por analistas. Já o orçamento do governo norte-americano registrou déficit de US$ 188,1 bilhões em março, resultado levemente abaixo das expectativas do mercado.
Enquanto isso, os preços de produtos importados subiram 2,7% em março, contra 1,4% em fevereiro, por conta do aumento dos preços de alimentos e do petróleo, informou o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos.
Confira as cotações dos índices:
% Var Dia Pontos %Var 30D %Var Ano
 S&P 500-0,781.314+0,76+4,49 
 Dow Jones-0,9512.264+1,82+5,93 
 Nasdaq-0,962.745+1,07+3,46