quarta-feira, 13 de abril de 2011

Política - Presidente da Foxconn (Empresa de iPad) Critica trabalhador brasileiro

Presidente da Foxconn criticou trabalhador brasileiro, segundo jornal

Executivo disse que brasileiro para trabalho ao escutar a palavra 'futebol'.
Empresa fabrica o iPad e vai investir no Brasil, segundo o governo.

Do G1, em São Paulo
O presidente da Foxconn, Terry Gou, criticou os custos da produção no Brasil durante uma entrevista em setembro, segundo um blog do jornal “The Wall Street Journal”. Em artigo publicado esta quarta-feira com o título “How Much Does Foxconn Like Brazil?” ("Quanto a Foxconn gosta do Brasil? - leia aqui), o jornal afirma que o plano da empresa de investir US$ 12 bilhões no Brasil, anunciado pelo governo brasileiro, sugere que o executivo teve uma mudança radical de posição.
A empresa ganhou notoriedade no Brasil nesta terça-feira (12). Autoridades brasileiras afirmaram ontem que a Foxccon disse à presidente Dilma Rousseff que pretende investir US$ 12 bilhões em até cinco anos no Brasil. O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse que a Foxconn irá produzir iPads no Brasil ainda neste ano.
A presidente Dilma Rousseff conversa com o presidente da Empresa Foxconn, Terry Gou, em Pequim (Foto:  Roberto Stuckert Filho/PR)Presidente da Foxconn se reuniu com Dilma na terça-feira, em Pequim (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Segundo o "Wall Street Journal", em entrevista realizada no ano passado, Gou se mostrava menos encantado com o Brasil. O executivo chegou, de acordo com o "WSJ", a ridicularizar a capacidade de o Brasil competir com a China em produção industrial.

“O salário dos trabalhadores brasileiros é muito alto. Mas os brasileiros, assim que escutam a palavra ‘futebol’, param de trabalhar. E tem ainda as danças. É uma loucura... Então, o Brasil é bom [como um lugar para fabricar] para o mercado local. O Brasil tem ótimos minerais. E eles têm o grande rio Amazonas, então há boas hidrelétricas. Mas se você quiser enviar produtos aos EUA, leva mais tempo e mais dinheiro enviar do Brasil [do que da China]”, disse Gou, segundo o jornal.

O artigo ressalta, porém, que o Brasil não foi o único país em desenvolvimento cuja mão de obra não conseguia impressionar Gou. O empresário chegou a dizer que ele apostava bilhões de dólares no interior da China como a melhor alternativa aos locais industriais tradicionais do país, como Shenzen.

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