SÃO PAULO – Depois de atravessar uma manhã instável, o Ibovespa engatou no início da tarde uma tendência de queda e fechou esta sexta-feira (8) aos 68.718 pontos, desvalorização de 0,66%, sendo pressionado pelas perdas das ações do setor bancário, que repercutiram as incerteza quanto novas medidas do Governo para conter o consumo. O giro financeiro do pregão ficou em R$ 5,84 bilhões. Na semana, o índice teve baixa de 0,79%.
Por aqui, o ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou que o governo seguirá tomando medidas no câmbio para evitar maiores problemas, mas voltou a admitir que a atual situação do País, com excesso de capital, é melhor do que a escassez. Na noite passada, após o fechamento do mercado, o próprio ministro anunciou uma elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 1,5% para 3% ao ano em operações de crédito para pessoas físicas, com o objetivo de limitar o consumo e arrefecer a inflação.
Em Wall Street, os índices também perderam fôlego ao longo da tarde, à medida que aumentaram as preocupações quanto a indefinição do orçamento de 2011 do país.
No campo europeu a situação foi outra, por lá os principais índices acionários fecharam em alta, recuperando parte das perdas da véspera, quando a notícia de um novo tremor no Japão pressionou os negócios por todo o mundo. No entanto, o foco desta sessão na Europa ficou com Portugal. O FMI (Fundo Monetário Internacional) confirmou nesta data que recebeu um pedido oficial de ajuda financeira por parte do governo português e que agora irá conversar com as autoridades europeias para estruturar o tamanho do pacote de resgate ao país.
Destaques do Pregão
Entre as principais perdas do índice, destaque para as ações de importantes bancos. As baixas acontecem em meio às incertezas sobre novas medidas do Governo para controlar o consumo. O Santander (SANB11) puxou as quedas do setor neste pregão, com queda de 3,15%. Bradesco (BBDC4, -2,11%), Itaúsa (ITSA4, -1,74%), Itaú Unibanco (ITUB4, -2,08%) e Banco do Brasil (BBAS3, -1,21%) também fecharam em baixa na sessão.
Mas quem liderou a ponta vendedora do índice nesta sexta-feira foram os papéis ordinários da Gafisa (GFSA3), devolvendo em partes as altas recentes. Na semana, as ações GFSA3 subiram mais de 3%. As maiores baixas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:
Já do lado positivo, as ações da MMX Mineração despontaram como a maior alta do Ibovespa nesta sexta-feira. O movimento é impulsionado pela valorização dos preços do minério de ferro, que acompanham um rali que estende-se para outras matérias-primas, como ouro e prata, e alcançam o maior patamar em dois anos.
As maiores altas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:
As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram :
* - Lote de mil ações 1 - Em reais (K - Mil | M - Milhão | B - Bilhão)
Agenda
Na agenda interna, destaque para a divulgação do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal), que apontou novo aumento do ritmo de aceleração dos preços na primeira semana de abril, marcando variação de 0,89% nos preços.
Nos Estados Unidos, o nível dos estoques no atacado norte-americano avançou 1,0% no mês de fevereiro, em linha com o esperado.
Dólar
O dólar comercial voltou a cair nesta sexta-feira (8) e terminou o pregão cotado a R$ 1,574, o que representa uma queda de 0,63% em relação ao fechamento anterior. Com mais essa baixa, a moeda renova sua mínima desde 5 de agosto de 2008, quando valia R$ 1,558. Na semana, a desvalorização acumulada foi de 2,36%.
Tudo isso a despeito das intervenções do Banco Central, que realizou leilões a termo e à vista para tentar conter a queda. A operação a termo teve início às 11h08 (horário de Brasília) e término às 11h13, com uma taxa de corte correspondente a R$ 1,5795 e data de liquidação prevista para 3 de maio. Já as intervenções no mercado à vista ocorreram pela tarde. A primeira foi realizada entre às 12h10 e às 12h15, com uma taxa de corte em R$ 1,5770, acima da taxa de R$ 1,574 da segunda operação diária, que se iniciou às 15h47 e terminou às 15h52.

 Cód.AtivoCot R$% Dia% AnoVol1
 GFSA3 GAFISA ON11,00-3,17-8,6495,82M
 SANB11 SANTANDER BR UNT N218,75-3,15-16,1854,42M
 HYPE3 HYPERMARCAS ON20,81-2,98-7,6341,38M
 DTEX3 DURATEX ON16,89-2,93-5,0412,94M
 FIBR3 FIBRIA ON25,68-2,73-3,0625,20M

 Cód.AtivoCot R$% Dia% AnoVol1
 MMXM3 MMX MINER ON11,05+5,04-1,60103,65M
 USIM3 USIMINAS ON28,45+3,45+33,8744,87M
 BRKM5 BRASKEM PNA22,31+1,46+9,5234,34M
 UGPA4 ULTRAPAR PN28,50+0,81+10,4426,22M
 RSID3 ROSSI RESID ON14,94+0,61+1,0133,94M

 CódigoAtivoCot R$Var %Vol1Vol 30d1Neg 
 VALE5 VALE PNA47,43+0,02751,49M874,55M18.629 
 PETR4 PETROBRAS PN EJ28,01+0,04489,09M518,80M13.832 
 ITUB4 ITAUUNIBANCO PN ED37,65-2,08315,05M243,79M10.999 
 OGXP3 OGX PETROLEO ON20,55-0,48245,15M263,48M12.262 
 BBDC4 BRADESCO PN ED32,45-2,11219,26M154,83M10.553 
 GGBR4 GERDAU PN20,00+0,40174,26M153,67M11.258 
 BBAS3 BRASIL ON29,39-1,21156,95M152,73M8.724 
 VALE3 VALE ON53,00-0,21144,23M187,64M6.133 
 BRAP4 BRADESPAR PN42,94-0,83126,42M53,03M4.659 
 PETR3 PETROBRAS ON EJ31,47-0,57125,00M149,40M6.135